"O ser humano tem vários gigantes que precisa despertar e a motivação é o maior deles.
Conheço pessoas que tem talento e não fazem sucesso porque ele sozinho não constrói o sucesso de ninguém.
Conheço pessoas que são perseverantes, persistentes e determinadas... Tenho constatado que isso ajuda... Mas não define o sucesso.
Muitos buscam a educação, tem inteligência, são criativos, mas tudo isso depende de apenas uma palavra para construir vitórias... Essa palavra é atitude"
Gilclér Regina


Lendas de um passado recente: Lindomar Castilho


O amor pode matar?




30 de março de 1981. Café Belle Époque, em São Paulo. Em plena madrugada, Eliane de Grammont cantava acompanhada ao violão pelo seu namorado, Carlos Randall. Era a música "João e Maria", de Chico Buarque:

"Agora era fatal que o faz de conta terminasse assim..."

De repente, Eliane recebe cinco tiros pelas costas. Lá atrás estava seu ex-marido, conhecido em todo país como o "Rei do Bolero". Por esse assassinato, e após 3 dias de julgamento, ele cumpriria 12 longos anos de prisão. E o Rei do Bolero foi aos poucos sendo esquecido.
O caso do cantor Lindomar Castilho teve uma enorme repercussão na época, por se tratar de uma figura bastante conhecida da mídia, e por parecer ser uma história tirada de um dos seus boleros, afinal o crime ocorreu por motivos de ciúmes, apesar de Lindomar e Eliane estarem separados a um ano. A gota d'agua: Carlos Randall é primo de Lindomar Castilho.
Saido de Goiás em 1961, o jovem Lindomar Castilho recebe o convite de Paulo de Grammont, tio de Eliane e diretor artístico da Organização Vítor Costa, a proposta de iniciar uma carreira artística em São Paulo. Lançou um disco no mesmo ano, com um repertório de musicas de Vicente Celestino. Foi o início de uma escalada para o sucesso, principalmente durante os anos 70, quando seus LP's vendiam cerca de 500 mil cópias, uma ótima marca para a época. Em 1977 conhece Eliane de Grammont, cantora em início de carreira, nos corredores da gravadora RCA. Dois anos depois, resolvem se casar e acabam tendo uma filha, Liliane de Grammont. A separação ocorreu exatamente um ano depois da data do casamento. Eliane havia abandonado sua carreira de cantora justamente para se dedicar ao lar. Mas o ciúme falou mais alto. O nome de Eliane de Grammont foi dado a uma Casa assistencial, mantida pela Prefeitura de São Paulo, que ajuda mulheres vítimas de violência doméstica, prestando serviços de ajuda psicológica e social. Liliane de Grammont hoje tem 20 anos, vive em Nova Yorque, e foi criada pelas tias Carmen e Helena de Grammont, que é reporter do Fantástico.
Em liberdade desde 1996, Lindomar tentou reavivar sua carreira fazendo alguns shows, mas o público que antes se aglomerava para ve-lo agora preferia ignorá-lo. Voltando a viver quase isolado em uma fazenda em Goiás, Lindomar evita vir à São Paulo, palco dos trágicos acontecimentos, e foi redescoberto graças a inclusão de sua música "Você é Doida Demais" na abertura do programa "Os Normais", da Rede Globo de Televisão. A música, que foi inclusive regravada por Leandro e Leonardo, abriu as portas para algumas propostas do mercado fonográfico, e Lindomar aceitou o convite da gravadora Sony, para que relançasse seus grandes sucessos, e a proposta foi prontamente aceita. Estão no disco músicas como "Eu Vou Rifar Meu Coração" (que tem mais de 50 regravações mexicanas), "Você É Doida Demais" e "Cabecinha no Ombro". Porém, independente do quão bem ele possa ainda cantar, ficará sempre na memória do público a imagem de um homem cujo amor doentio o transformou num assassino.
Publicado por Morpheus® em 19:40.

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