"O ser humano tem vários gigantes que precisa despertar e a motivação é o maior deles.
Conheço pessoas que tem talento e não fazem sucesso porque ele sozinho não constrói o sucesso de ninguém.
Conheço pessoas que são perseverantes, persistentes e determinadas... Tenho constatado que isso ajuda... Mas não define o sucesso.
Muitos buscam a educação, tem inteligência, são criativos, mas tudo isso depende de apenas uma palavra para construir vitórias... Essa palavra é atitude"
Gilclér Regina


Dez mulheres são mortas por dia no Brasil

Média assustadora tem como base estatísticas do Sistema Único de Saúde


Rio - O desaparecimento de Eliza Samudio e o relato de seu assassinato com requintes de crueldade reacenderam a discussão em torno dos altos índices de violência contra a mulher no Brasil. O País ostenta a assustadora média de 10 mulheres mortas a cada dia. De acordo com o Mapa da Violência no Brasil 2010, elaborado pelo Instituto Zangari com base em estatísticas do Sistema Único de Saúde, mais de 41 mil mulheres foram assassinadas aqui entre 1997 e 2007.


No Rio de Janeiro, o Dossiê Mulher 2010, divulgado pelo Instituto de Segurança Pública em maio, revelou que houve 371 vítimas do sexo feminino mortas no estado, em 2009. Diariamente, 128 mulheres foram alvo de ameaça, enquanto, por mês, 44 sofreram tentativas de homicídios. Na maioria dos casos, a vítima conhecia ou era parente do agressor.

Para a socióloga Noema Guedes, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o caso envolvendo o goleiro Bruno reflete um problema social. “A violência contra a mulher deixou de ser algo particular e tornou-se um assunto que envolve a coletividade. O Estado e suas instituições precisam intervir logo que é feita a denúncia”, disparou. Segundo ela, os agressores acreditam ser donos da vida da mulher e agem com a certeza da impunidade. “O homem dificilmente seguirá agredindo se o Estado punir assim que for feita a denúncia. A violência contra a mulher é um ciclo longo. A vítima não é morta de uma hora para a outra. No caso da Eliza, a vítima chegou a registrar agressão, mas a atuação das instituições foi insatisfatória”.

Laudo demorado

As críticas de Noema referem-se ao inquérito aberto pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, em outubro. Na época, a ex-amante de Bruno denunciou ter sido sequestrada, ameaçada, agredida e obrigada a ingerir medicamento para forçar o aborto do bebê. Para comprovar se a jovem havia tomado o remédio, ela fez um exame de urina. O resultado, porém, só ficou pronto semana passada, quase um mês após o desaparecimento da moça.

O chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, determinou abertura de sindicância para apurar o motivo da demora de oito meses para a conclusão do laudo no Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica. Embora o resultado tenha indicado a presença de substância abortiva, ele não foi conclusivo.

O promotor Alexandre Murilo da Graça denunciou Bruno e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, por sequestro e lesão corporal. Segundo ele, o tempo médio de tramitação de um inquérito na Deam é de nove meses. Mas o promotor reconheceu que a repercussão do sumiço de Eliza apressou a conclusão do laudo.

Mais de 270 mil vítimas procuram atendimento

Considerada uma das armas no combate à violência contra a mulher, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) do Governo Federal, registrou, em relação ao ano passado, um aumento de 95,5% no atendimento a vítimas. Entre janeiro e maio deste ano, foram realizados 271.719 atendimentos (no mesmo período de 2009 foram 138.985 atendimentos).


Desses mais de 270 mil contatos, foram feitos 51.613 relatos de violência, sendo 29.515 casos de violência física; 13.464 de violência psicológica; 6.438 de violência moral; 887 de violência patrimonial; 1.060 de violência sexual, 42 situações de tráfico e 207 de cárcere privado.

A SPM também divulgou o perfil das vítimas e agressores. A maioria das mulheres que busca a Central é negra (58,2%), tem entre 20 e 45 anos (62%), está casada ou em união estável (68,3%) e possui nível médio (28,9%) de escolaridade. A maioria dos agressores é negra (59,5%), tem entre 20 e 55 anos (88%) e possui nível médio (22,5%) de escolaridade.

POR DIEGO BARRETO

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